sexta-feira, 9 de junho de 2023

GILBERTO FREYRE: RITUAL E TRADIÇÃO

[PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. Gilberto Freyre e a Inglaterra: uma história de amor. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(2): 13-38, outubro de 1997].

"Os brasileiros pecam por não se aperceberem da imensa importância dos rituais para a vida e dignidade das instituições. Tudo em Oxford, lembra Freyre aos recifenses (que assistiam impávidos à destruição dos cerimoniais na Faculdade de Direito), é feito de acordo com rituais que não são “velharias” dispensáveis, como pensa o “delírio modernista” crescente, mas se revestem de importantes significados estéticos e morais (cf. Freyre, 1979, 1, p. 280; 2, p. 173 passim)".


Enlaces entre ética e estética; se acrescentado a questão epistemológica, estaríamos falando como kantianos. 


"ao lado da submissão às convenções, valoriza-se a espontaneidade criativa; poesia, filosofia e ciência coexistem em harmonia; o povo é regido pelo bom senso (que chama despretensiosamente de common-sense) bem como pelo misticismo e pela poesia (cf. Freyre, 1979, 2, p. 302, 303); extremos doutrinários e contradições teóricas são sabiamente conciliados em “meios-termos” (cf. Freyre, 1942c, p. 149); e não há outro lugar onde melhor se equilibrem as tendências especulativa e ativa (cf. Freyre, 1975, p. 22)


O despretencioso common-sense colide despretenciosamente com repercussões do dialeto pós-kantiano... o enlace das faculdades...

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