sábado, 15 de junho de 2024

notícia parnasiana

a sinhazinha da ketamina aspirava pelas narinas substância alva esfarelada. narcopiletica viajava pelos campos brancos oníricos. seu corpo belo rijo fedia a mijo. pingava gota a gota a substância amarelada do carmim engenho d'água. na calcinha, acumulada, do grande peso nasceu um rio. em fina cascata, escorria pelo piso, as luzes  douradas do sol a iluminava. era um dia lindo, este, que entrava pelo vitral da casa, em que a sinhazinha da ketamina morreu desacordada, por apoplexia fulminante. era, a jovem, fumante. um cigarro ainda brilhava no cinzeiro, estrela solitária, naquele triste banheiro, que fedia a urina, fumaça e cadáver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ai, minha fama de maldito, 2

O after na casa de Pedro Fernandes estava uma bosta. Gente fumando maconha pelos cantos e fazendo aquela média com todo mundo. Artifício emo...