cada dia é mais claro que não sou, não serei e que nem quero ser culto. essa é uma fronteira que me separa do mundo dos artistas, que circundo, demonstro interesse, e até frequento como turista. minha vulgaridade é contudo indisfarçável. mais confortável estou entre os acadêmicos, entre gente mal vestida, que não sabe se portar à mesa, que se assemelha ao profissional burguês, em vestes de trabalho: não possuem aquela graça aristocrática na fala e modos, o instinto de agradar, a arte da boa vida, a elegância travestida de boemia, traços característicos do tipo artista e culto. o acadêmico pode até mesmo ser erudito; seu discurso pode impressionar pela inteligência, mas nunca pela retórica. desajeitado e bruto, ele conhece, somente. daí sua dificuldade instintiva com as palavras e o amor inato às ideias.
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