a preguiça ou falta de ambição racional, muitas vezes associada ao misticismo daquele gênero intuitivo, que se contenta com o momento de silêncio da razão, ao invés de simples resignação ou recibo de esterilidade intelectual, pode também ser avaliada como recusa de prosseguir pensando em tal direção, ao entendimento de que a razão - se não possui fim -, possui sim um final, um momento de encerramento e desfecho, em que se desliga dos antigos e esgotados objetos e anseios e se prepara a curva para seguir por um outro sentido, por enquanto ainda despercebido, talvez sequer imaginado, pela démarche incessante que arrasta todos praticantes do pensamento em uma direção.
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