quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

anotações sobre A TRAMA DA NATUREZA (2018), de PEDRO PAULO PIMENTA

4. a infinitude da natureza diante de um entendimento limitado e fraco

5. fisiologia e representação (Diderot);

    fins da razão X fins naturais

6. anatomia kantiana:

    mecanismo X organismo: 

    causas mecânicas X causas finais

8. trama da natureza: arte sem artífice

    acefalia X inteligência 

197. homo artifex: o homem que fabrica arte.

74. o nascimento do HOMO FABER: narcisismo da espécie

14. HUME: quais estruturas/faculdades/órgãos explicam o comportamento?

    CIÊNCIA MORAL

16. filosofia natural e filosofia moral

    imput das sensações (corpo/fisiologia) > fábrica da imaginação (ficção)

    (conteúdo)                                                (forma)

17. filosofia natural: recepção da sensação pelo corpo: puro dado, a sensação tal qual surge na alma sem qualquer percepção antecedente [a filosofia natural estuda a sensibilidade desde o grau zero da experiência, a sensação anterior a qualquer a priori] 

    filosofia moral: exame das sensações secundárias ou refletidas, as PAIXÕES

    "na produção e na conduta das paixões, há um mecanismo regular, suscetível de uma disquisição tão acurada quanto as leis do movimento, da Ótica, da Hidrostática ou de qualquer outra parte da Filosofia Natural"

    o mecanismo regular da paixão: a priori formado na experiência que ordena a sensação 

18. para LOCKE: toda ideia possui um referente material ou empírico

20. origem médica da semiótica: o corpo externo como signo de acontecimentos internos

    SEMIÓTICA de LOCKE: estudo da formação do pensamento
                                                estudo dos signos (externo) do pensamento (interno);
            a semiótica como um estudo experimental dos acontecimentos internos por meio de seus signos

    o conhecimento das ideias das coisas X o conhecimento das coisas mesmas

    para LOCKE: há uma referencialidade contínua entre as ideias e as coisas, e aquela é meio para estas

    "o entendimento está destinado pelo criador a desvendar a ordem das coisas, dispostas para ele, através de signos dessa ordem"

21. em LOCKE, o conhecimento possui essa CAUSA FINAL: desvendar a ordem natural

22. 47. a natureza como DESIGN DIVINO
            "o desígnio aparece como transcendente às coisas, perpassando-as"

23. "um ser natural em particular é a expressão específica dessa ordem que se põe e se renova a cada instante na natureza como totalidade sistemática"

[MEMÓRIA ETERNA DE DEUS QUE ENGENDRA CONTINUAMENTE A NATUREZA]

"protótipo original" das espécies

24. a abertura das ciências empíricas e naturais à especulação

28. CORPO COMO ECONOMIA ANIMAL

36. necessidade, regularidade, finalidade (na economia)

20. Necessidade x Probabilidade

188. TATO: sentido primordial, a priori, na experiência do conhecer

193. observação primeira, instintiva, maquínica e inconsciente, organização pré-lógica da experiência

25.    anatomia como chave para compreensão do divino metafísico

        ORDENAÇÃO TELEOLÓGICA DO ANIMAL DENTRO DO QUADRO NATURAL

196. ordem antropológica e ordem natural (catástrofe do humano e nova ordem natural segundo seu desígnio)

37. a MENTE como um ÓRGÃO que se contrai, distende, como um MÚSCULO

72. as faculdades mentais podem se EXERCITAR e APRIMORAR

56. registro de impressões na memória enquanto ideias
        IDEIAS SÃO REPRESENTAÇÕES DAS IMPRESSÕES DADAS AOS SENTIDOS

35. alma - cérebro - inteligência > adaptação ambiental, desenvolvido pelo EXERCÍCIO e USO

190. na origem da linguagem, ela é puro referente ao mundo empírico e externo, NÃO HÁ ABSTRAÇÃO

                        A ABSTRAÇÃO É POSTERIOR À REPRESENTAÇÃO

169. organismo e princípio de eficiência energética de seu funcionamento

188. 190. VELOCIDADE de apreensão dos dados empíricos (REPRESENTAÇÃO)

41. descontinuidade entre PERCEPÇÃO e IMAGINAÇÃO
    a imaginação é FÁBRICA [ficção] da representação; a percepção é sua MATÉRIA-PRIMA

      a imaginação TRANSFORMA as impressões [COM FINS OPERACIONAIS]

   43. a imaginação e o HÁBITO ECONÔMICO
        economia de energia no processamento do mundo
        o ENTENDIMENTO economiza energia ao invés de renderizar o mundo com toda sua clareza e detalhes infinitos (FUNES ESTÁ SEMPRE CANSADO). 

        o ENTENDIMENTO, ao IMAGINAR - substituir as impressões em suas totalidades por uma representação mais econômica - ordena o mundo a partir de um FIM DADO PELO SUJEITO, a partir da repetição, do hábito, da experiência

59. a RENDERIZAÇÃO da realidade

44. 72. a FANTASIA então possui essa função técnica de economia: a representação perfeita é desnecessária e mesmo prejudicial aos fins da natureza animal (ECONOMIA)

120. a FICÇÃO dos elos entre as partes da natureza como um REMÉDIO contra os excessos e carências (HYBRIS) da natureza

91. PREGUIÇA

90. a natureza como excesso e desmedida (HYBRIS)

91. uma crítica antropológica à imperfeição da economia natural

92. o direito de GUERRA e DOMÍNIO contra a natureza

82. CATÁSTROFES e recriação da natureza X NATUREZA ETERNA (memória perfeita)
        a DESAGREGAÇÃO e REAGREGAÇÃO contínua da natureza: qual a base de sua memória?

140. CONVENIÊNCIA

52. 58. 59. DESIGN x AGREGADO (político e econômico)

o design se impõe como lei desde a eternidade: há uma IDENTIDADE PRIMEIRA entre as partes; o agregado se forma um tanto mais desordenadamente, somente vem a ser a partir da CONVENIÊNCIA das partes em relação [lei divina e eterna X reflexão parlamentar contínua]

83. a ORDEM é uma prorrogativa da matéria (como funciona sua MEMÓRIA?

84. ordem X finalidade: ou como pode haver arte sem um autor? (NATUREZA ATEOLÓGICA)

86. DESÍGNIO (metafísica) X ECONOMIA (história natural) ***

    [a destruição da metafísica e a introdução do conceito de trabalho]

50. a NATUREZA X a IMAGINAÇÃO: ausência de finalidade da primeira, intencionalidade da segunda 

42. as CARÊNCIAS NATURAIS

87. dor e prazer: meios de auto-preservação

95. o homem é DOMINADO pelas PAIXÕES - forças de afecção - prazer e dor [animalidade]

65. a MÔNADA como unidade indivisivel no tempo e no espaço (as substâncias empíricas como mônadas)

105. 111. EFICIÊNCIA e PRODUTIVIDADE

    língua como economia de tempo / força /energia

108. língua e DIVISÃO DO TRABALHO: organizar os processos produtivos

        [superação da natureza pela arte]

111. línguas como variações morfológicas (uso e desuso, referencialidade ao ambiente, etc)

119. A NATUREZA É COMO UM ANIMAL, ORDENADO INCONSCIENTEMENTE.

113. 119. mão invisível e economia natural

    intencionalidade acéfala e a finalidade abstrata - fora de qualquer subjetividade, de qualquer entendimento, e nesse sentido, inconsciente - somente pode ser vista desde a perspectiva do sistema, de sua totalidade, síntese abstrata de suas N partes incontáveis 

109. o ajuste do meio ao fim humano somente pode ser feito na experiência:

    a Necessidade é um esquecimento da experiência de sua fabricação (esquecimento da memória consciente no hábito; economia de processamento) TENDÊNCIA DA EXPERIÊNCIA A UM EQUILÍBRIO EFICIENTE.

117. fisiocracia e intervenção do estado na economia: manter a regularidade dos processos de trabalho e circulação - controlar as carências e excessos da natureza - X o ateísmo econômico de SMITH como elogio da experiência subjetiva (uso e adequação) e crítica da lei universal

156. portrait X tablau historique 

      representação ideal x representação das paixões

158. CONSTÂNCIA dos caracteres morfológicos ao longo do quadro natural (gradação suave e contínua)

162. 170. GERME, ou um PROTÓTIPO ANTERIOR À EXPERIÊNCIA, modelado a partir da experiência (no contato com o MEIO) [GENE]

124. o sistema como consciência do conceito que havia a priori (no princípio da reflexão, um conceito pré-consciente, mas atuante)

125. legislação da razão: filosofia transcendental

        artesanato da razão: antropologia pragmática ("os modos de constituição do sentido na experiência")

128. empirismo pré-conceitual (dado primário da experiência) D'ALAMBERT

        a priori transcendental (condição da primeira experiência) KANT

132. a ordem alfabética das enciclopédias e refiguração do livro como progressão de um todo (razão)

129. DOGMATISMO como esquecimento da experiência fundadora do conceito (perigo do sistema)

131. ENTROPIA e dispersão dos conhecimentos; sistema como ARQUIVAMENTO; (esclarecimento?) a memória epistêmica de uma época como sistema - "como pensava-se", por meio de quais metáforas e conceitos [e categorias e etc] - a enciclopedia como máquina de pensar (meio de refazer o pensamento passado, ARQUIVO, MEMÓRIA) - registro do circuito pensante.

141. sociedade como deformação da disposição natural do ser pelo HÁBITO e EXERCÍCIO

        a sociedade como ordenação do organismo; a sociedade como máquina de organização da vida para determinados fins - HÁBITO e EXERCÍCIO como meio de condicionamento da vida a fins sociais. uma CASA é uma máquina em que se delimita especializações humanas.

    ver a história das abelhas, com estritos planos de carreira: há, na progressão da vida, uma refuncionalização da abelha a partir de sua idade. uma sociedade muito liberal.

142. o artesanato da vida (da carne) - arte de si (métodos para a filosofia, como o feito por descartes, ou "como aprendi a filosofar", ou "exercícios para se tornar um bom filósofo" - reflexões e hábitos para a adequação da disposição orgânica a um fim (por exemplo, a filosofia)

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