Quando tenho a oportunidade, digo de forma provocativa que os livros indianistas de José de Alencar são precursores de aclamadas obras modernistas, como Macunaíma e mesmo o endeusado Ulysses. Afinal, para escrever tais livros, realizou verdadeiro estudo da gramática tupi, e por meio de pesquisas etimológicas, sintáticas e morfológicas, procurou introduzi-lo na língua portuguesa, como se fosse o tupi uma origem linguística similar ao latim e grego, mas com a importante distinção de distinguir o que era a língua portuguesa daquela que poderia ser uma língua brasileira. Não estava ele, bem antes de Mário de Andrade e James Joyce, inventando novas línguas? Tinha, no entanto, o romântico objetivo de assim, por meio da ressurreição do tupi, ressuscitar também o índio primevo, naquele tempo para sempre perdido. Como se o papel pudesse restituir, pelo artifício da literatura, a vida para sempre morta.
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